1. |
Borandá
03:20
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Vam' borandá
Que a terra já secou, borandá
É, borandá,
Que a chuva não chegou, borandá
Já fiz mais de mil promessas
Rezei tanta oração
Deve ser que eu rezo baixo
Pois meu Deus não ouve não
Deve ser que eu rezo baixo
Pois meu Deus não ouve não
Pois meu Deus não ouve não
Vou me embora, vou chorando
Vou me lembrando do meu lugar
Quanto mais eu vou pra longe
Mais eu penso sem parar
Que é melhor partir lembrando
Que ver tudo piorar
Que é melhor partir lembrando
Que ver tudo piorar
Que ver tudo piorar
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2. |
Especiaria
04:00
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Certo está quem diz que a culpa é do Cabral
Cujo apetite sempre esteve a mil
Por um temperinho pro seu bacalhau Posse em sua nau e descobriu o Brasil
Logo que chegou, olhou, gostou do que ele viu
Já que era chegado se encantou com o pau Brasil
tanto que mandou abarrotar o seu navio Minha patria amada, como és mãe gentil.
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3. |
Maria do Socorro
03:06
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Maria do Socorro
Suas pernas torneadas
Pelas ladeiras do morro
Ela vai no baile funk
De shortinho top e gorro
É afim do Zé Galinha
Mas namora o Zé Cachorro
E no baile
Só da ela
Só da ela
Ja foi miss comunidade da favela
Hoje sonha em morar noutro lugar
Mas Zé Cachorro não deixa
A gata se queixa
Mas fica por lá
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4. |
Senhoras do Amazonas
04:01
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Rio, vim saber de ti e vi.
Vi teu tropical sem fim
quadrou de ser um mar.
Longe Anhangá!
Tantas cunhãs e eu curumim!
O uirapuru
(oh! lua azul!)
cantou pra mim!
Rio, vim saber de ti, meu mar
Negro maracá jarí
Pará, Paris jardim
Muiraquitãs,
tantas manhãs - nós no capim!
Jurupari
(oh! Deus daqui!)
jurou assim:
Porque fugir se enfim me queres!
Só me feriu como me feres
a mais civilizada das mulheres!
Senhoras do Amazonas que sois
donas dos homens e das setas,
porque já não amais vossos poetas?
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5. |
Universo ao Meu Redor
03:05
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Tarde, já de manhã cedinho
Quando a nevoa toma conta da cidade
Quem pega no violão
Sou eu, sou eu
Pra cantar a novidade
Quantas lágrimas de orvalho na roseira
Todo mundo tem um canto de tristeza
Graças a Deus, um passarinho
Vem me acompanhar
Cantando bem baixinho
E eu já não me sinto só
Tão só, tão só
Com o universo ao meu redor
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6. |
Baleiro
03:44
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Olha o baleiro, olha a bala de côco
Todo mundo quer, todo mundo quer
Olha o baleiro, olha a bala de côco
Todo mundo quer, todo mundo quer
Pai, o seu filho vende bala
Dia e noite não se cala
A pedir para comprar
Olha, é pequeno e não tem bola
É criança sem escola
Onde é que ele vai parar?
Só no baleiro, na bala de côco
Todo mundo quer, todo mundo quer
Olha o baleiro, olha a bala de côco
Todo mundo quer, todo mundo quer
Seu pai trabalha na obra
Tijolo pra carregar
Sua mãe é lavadeira
Muita roupa pra lavar
Muito irmão fazendo nada
Mas esse quer melhorar
Mas o negócio é que a vida não deixa
E pra não ter mais queixa tem que trabalhar
Só no baleiro, na bala de côco
Todo mundo quer, todo mundo quer.
Olha o baleiro, olha a bala de côco
Todo mundo quer, todo mundo quer
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7. |
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Nunca tenha medo do seu inimigo
Quando não é você que começa a brigar
Também nunca ande de cabeça baixa e bem danado
Pois nem tudo que cai do céu é sagrado
Pois nem tudo que cai do céu é sagrado
Maré que enche barco, deixa a praia descoberta
Uma onda vai, outra onda vem
Não fique triste que seu amor pode ficar bém
Não fique triste que seu amor pode ficar bém
Aí então você vai me dizer se tenho razão, sim ou não
Pois é por experiência própria que eu perdoei o meu coração
Infeliz no jogo, feliz no amor
Saúde e felicidade, pra dar e vender
Se a reza é forte, você vai ver
Que amanhã um lindo dia vai nascer
Que amanhã um lindo dia vai nascer
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8. |
Upa, Neguinho
03:32
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Upa neguinho na estrada
Upa pra lá e pra cá
Vixi, que coisa mais linda
Upa neguinho começando a andar
Upa neguinho na estrada
Upa pra lá e pra cá
Vixi, que coisa mais linda
Upa neguinho começando a andar
Começando a andar, começando a andar
E já começa a apanhar
Cresce neguinho me abraça
Cresce me ensina a cantar
Eu vim de tanta desgraça
Mas muito eu te posso ensinar
Mas muito eu te posso ensinar
Capoeira, posso ensinar
Ziquizira, posso tirar
Valentia, posso emprestar
Liberdade só posso esperar
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9. |
Vento de Maio
05:04
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Vento de maio rainha de raio estrela cadente
Chegou de repente o fim da viagem
Agora já não dá mais pra voltar atrás
Rainha de maio valeu o teu pique
Apenas para chover no meu piquenique
Assim meu sapato coberto de barro
Apenas pra não parar nem voltar atrás
Chegou de repente o fim da viagem
Agora já não dá mais...
Vento de raio rainha de maio estrela cadente
Chegou de repente o fim da viagem
Agora já não dá mais pra voltar atrás
Rainha de maio valeu o teu pique
Apenas para chover no meu piquenique
Assim meu sapato coberto de barro
Apenas pra não parar nem voltar atrás
Rainha de maio valeu o teu pique
Apenas para chover...
Nisso eu escuto no rádio do carro a nossa canção
Sol girassol e meus olhos abertos pra outra emoção
E quase que eu me esqueci que o tempo não pára
Nem vai esperar
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10. |
Casa Forte
04:28
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11. |
Mambembe
03:31
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No palco, na praça, no circo, num banco de jardim
Correndo no escuro, pichado no muro
Você vai saber de mim
Mambembe, cigano
Debaixo da ponte
Cantando
Por baixo da terra
Cantando
Na boca do povo
Cantando
Mendigo, malandro, muleque, mulambo bem ou mal
Escravo fugido, um louco varrido
Vou fazer meu festival
Mambembe, cigano
Debaixo da ponte
Cantando
Por baixo da terra
Cantando
Na boca do povo
Cantando
Poeta, palhaço, pirata, corisco, errante judeu
Cantando
Dormindo na estrada, no nada, no nada
E esse mundo é todo meu
Mambembe, cigano
Debaixo da ponte
Cantando
Por baixo da terra
Cantando
Na boca do povo
Cantando
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